Biografia de Tancredo de
Almeida Neves
Representante
típico da tradição moderadora da política mineira, Tancredo Neves
caracterizou-se pela tendência à conciliação e à negociação, sem prejuízo da
consistência de suas posições liberais.
Tancredo de Almeida Neves nasceu em São João del Rei MG em 4 de março de 1910. Em 1932 formou-se em direito em Belo Horizonte. Advogado e promotor de justiça em sua cidade natal, onde em 1935 iniciou a vida política, como vereador e presidente da Câmara Municipal. A seguir foi deputado estadual pelo Partido Social Democrático (PSD), em 1947-1950, deputado federal em cinco legislaturas (1951-1955 e 1963-1978), secretário de Fazenda de Minas Gerais (1958-1960) primeiro-ministro no governo João Goulart, senador (1979-1982), governador de Minas Gerais (1983-1984) e presidente da república, eleito em 1985 pelo colégio eleitoral. Sua carreira política ganhou evidência a partir de 1953, quando o presidente Getúlio Vargas o fez ministro da Justiça (1953-1954). Enfrentou no cargo uma cerrada pressão da União Democrática Nacional (UDN), que buscava apoio das forças armadas para depor o presidente da república. Nesse período conturbado da vida nacional, que culminou no suicídio de Vargas, Tancredo mostrou firme determinação na defesa da legalidade. Foi um dos articuladores da candidatura de Juscelino Kubitschek à presidência e seu influente conselheiro em assuntos políticos e econômicos, embora sem mandato parlamentar.
Tancredo de Almeida Neves nasceu em São João del Rei MG em 4 de março de 1910. Em 1932 formou-se em direito em Belo Horizonte. Advogado e promotor de justiça em sua cidade natal, onde em 1935 iniciou a vida política, como vereador e presidente da Câmara Municipal. A seguir foi deputado estadual pelo Partido Social Democrático (PSD), em 1947-1950, deputado federal em cinco legislaturas (1951-1955 e 1963-1978), secretário de Fazenda de Minas Gerais (1958-1960) primeiro-ministro no governo João Goulart, senador (1979-1982), governador de Minas Gerais (1983-1984) e presidente da república, eleito em 1985 pelo colégio eleitoral. Sua carreira política ganhou evidência a partir de 1953, quando o presidente Getúlio Vargas o fez ministro da Justiça (1953-1954). Enfrentou no cargo uma cerrada pressão da União Democrática Nacional (UDN), que buscava apoio das forças armadas para depor o presidente da república. Nesse período conturbado da vida nacional, que culminou no suicídio de Vargas, Tancredo mostrou firme determinação na defesa da legalidade. Foi um dos articuladores da candidatura de Juscelino Kubitschek à presidência e seu influente conselheiro em assuntos políticos e econômicos, embora sem mandato parlamentar.
Em nova situação de crise nacional, após a renúncia de
Jânio Quadros, em 1961, Tancredo Neves encaminhou a solução que permitiu a João
Goulart assumir a presidência da república, mediante a adoção do regime
parlamentarista. Primeiro-ministro em 1961-1962, soube atenuar as tensões
políticas, que traziam a permanente ameaça de golpe militar. Com o
presidencialismo, renunciou com todo o ministério e candidatou-se à Câmara dos
Deputados. Eleito, foi mais uma vez moderador como líder da maioria, mas não
conseguiu impedir a queda de Goulart.
Durante o regime militar, Tancredo Neves atuou no
movimento nacional pela redemocratização. Em 1965, com a reforma partidária,
integrou-se no Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Com a extinção do
bipartidarismo, foi fundador, em 1979, do Partido Popular, mais tarde, em vista
da proibição das coligações partidárias, absorvido pelo Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB), do qual Tancredo foi eleito vice-presidente.
Eleito em 1983 governador de Minas Gerais, tornou-se nome de consenso das
correntes de oposição ao regime.
Derrotada na Câmara dos Deputados a emenda constitucional
que determinava a realização de eleições diretas para a escolha do sucessor do
presidente João Figueiredo, Tancredo Neves teve seu nome lançado para concorrer
no colégio eleitoral, onde a 15 de janeiro de 1985 derrotou o candidato do
Partido Democrático Social (PDS), Paulo Maluf. Em 14 de março de 1985, véspera
de sua posse, foi submetido a uma cirurgia de urgência, em Brasília, para
extirpação de um tumor benigno no abdome, mas seu quadro clínico complicou-se,
devido a uma infecção hospitalar, segundo se noticiou. Transferido para o
Instituto do Coração, em São Paulo SP, sofreu sucessivas operações, numa longa
agonia que emocionou o país. Ali morreu, em 21 de abril de 1985.
Fonte: © Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações
Ltda - S. João Del Rei On Line
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